Meu caro leitor fã de turismo, que curte e muito o nosso vasto Brasil, essa é especialmente para os desavisados que em viagem de lua-de-mel ou curtindo suas férias acha que tudo é válido e despreparado é abordado por um morador local da ilha de Marajó-PA, com uma iguaria chamada TURU.
Pelas imagens abaixo todos terão uma noção melhor para que quando alguém vier com aquela cara limpa dizendo que é uma delícia, você tenha a oportunidade de dizer "não, muito obrigado".
Descobri isto foleando ontem um enorme livro de culinária chamado Cozinhando para amigos, que tinha as imagens deste que é conhecido como um molusco mas que o próprio autor o reconhece como um animal entre uma minhoca e uma lombriga mas que não deixa de ser visivelmente um verme.
Lembrando o ritual da ostra que consumimos nas praias, ele também é degustado com sal e limão, mas com o cuidado de tirar o intestino dele.
Se eu estiver delirando de fome pode até ser que encare o bicho, mas só se tiver se esgotado todos os recursos da terra.
Uma breve explicação vem do site Come-se que foi postado por Neide e diz que até gostou do que comeu:
"Embora os turus ou teredos (Teredo sp – são várias espécies deste gênero no Brasil, todos comestíveis) sejam cosmopolitas, preferindo águas mais quentes, não tenho notícias de que sejam consumidos em outros países que não o Brasil e a Austrália (numa tabela de composição australiana o molusco aparece como “mangrove worn”, alimento consumido pelos aborígenes – veja dados lá embaixo). Mas certamente o são, pois chamam a atenção pelos prejuízos que podem causar perfurando o casco de embarcações. São como cupins de madeira molhada.
Valor nutricional
Fora os estragos que pode causar, o turu é um alimento e tanto. Além de ser apreciado como afrodisíaco, de novo como a ostra – não descobri qual substância referenda a fama-, ele é riquíssimo em cálcio, talvez porque tenha que secretar esta substância para “cimentar” o túnel calcário onde se aloja. Só para se ter uma idéia, a ostra tem 6 mg de cálcio/100 g ante 153 mg do turu. O leite, melhor fonte deste mineral, tem 113 mg por 100 g. Sem falar no ferro. Apesar de branquinho como leite, nunca vi alimento algum com tal quantidade de ferro - 55 mg por 100 g (o fígado de boi cozido tem 6,29 mg/100 g). Se a tabela está certa e me pareceu fonte segura, que botem turu na merenda escolar para acabar com a anemia infantil. É claro, tem que estudar biodisponibilidade e tal, mas, num primeiro momento, o dado é convidativo. E quer mais? Baixíssimo valor calórico e quase nada de gordura. Idéia para aqueles cardápios do tipo "perca 7 quilos em uma semana" com turu!"
3 comentários:
UM CARA 100% AMAZONIDA Para quem não conhece a costa norte deste pais parece algo inusitado comer um prato de TURU, porem para os amazonidas desta parte esquecida pelo BRASIL que so serve para esportar materia prima e engordar a balança comercial do pais e é roubado pela famigerada LEI KANDIR é estranho mas quando as peruas sulistas estão comendo ostras na praia não parece tão anormal, saibam que o TURU quando for conhecido sera tão venerado pelos macrobioticos como aqueles que hoje vivem tomando AÇAI com as mais variadas formas no mundo todo. Oa BRASILEIROS deveriam conhecer melhor esta parte do mundo que para eles so serve para falar de ECOLOGIA sem pensar naqueles que aqui vivem. TENHO DITO!!!
Estive no Maranhão e quando uma amiga me serviu o caldo de turu quase desmaiei em segredo,kkkk,fui pega de surpresa e não poderia magoar a amiga que preparou com tanto carinho o tal caldo de Turu. Tomei o caldo assustada me perguntava que merda me meti,mas achei gostoso e pra grande surpresa umas pouquíssimas horas depois meu joelho e ombro que doia muito uns três anos derrepente parou de doer e até hj não sinto mais essas dores,fiquei apaixonada pelo turu kkkk.Sou do Rio de Janeiro com residência fixa no Pará em Belém. Dizem que aqui tem bastante turu,mas não encontro de jeito nenhum no Ver-o-Peso gente.
Bravo! 👏🏽👏🏽👏🏽
Postar um comentário